quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O PRÓXIMO FUTURO DISTÓPICO
Brasil, ano de 2012,
a presidente da República Dilma Rousseff, influenciada por um impulso do ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu,
que, bastante interessado na seara internacional dos companheiros Samuel Pinheiro Guimarães, Marco Aurélio Garcia e Celso Amorim,
morde a isca colocada pela ONU, que, em 2010, declarara, por meio de seu recém-empossado secretariado, que "o desafio do novo governo" seria encontrar e julgar os militares do golpe de 1964,
algo pelo que a presidente e o ministro-chefe ansiavam há décadas, como se anseia por algum tabu muito arraigado em nós pela censura externa, que insiste em negar o que nossa parcela animal sofreu na pele,
se coloca acidentalmente acima da decisão do STF, que aprovara a famosa auto-anistia apresentada outrora pelo recém auto-demitido ministro da Defesa Nelson Jobim, que,
com sua saída, evidentemente, provocou um motim no meio do generalato indicado por ele mesmo, atendendo às novas regras da Defesa nacional, que subordina ao ministro, e não ao presidente, a escolha desses generais,
originando, assim, uma legítima, embora nada inédita,
crise na Defesa,
dando origem à manchete-bomba, publicada em coro pelas redações e sucursais de todo o planeta:
"Dilma vai contra STF e persegue autoridades militares".
Nesse dia, o acordo de cooperação militar Brasil-Inglaterra é automaticamente acionado pelo novo presidente Michel Temer, que, contando com o apoio maciço dos cara-tingida, investe bilhões de reais nos laboratórios farmacêuticos ligados ao ministro José Serra, a fim de ao menos sanar um tanto da ansiedade e do terror que haverão difundido por dentre as almofadas das poltronas compradas a prestação pela população cheia de crédito nos bolsos - digo: nas contas bancárias.
E aí,
tudo permanecerá igual.
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