quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
PLANETA COLIBRI
Sofrer pelos pobremas do mundo é como querer que uma criança com síndrome de down tenha o desempenho de um Stephen Hawkins no colégio.
Não rola porque não há nível.
Aos seis anos de idade, Mozart era incentivado a ir adiante em sua genialidade ao piano.
Se as casas dos amigos dos pais de Wolfie não tivessem um piano, mas sim apenas um playstation II e diversas próteses para o raciocínio e a sensibilidade humana, ninguém nem teria-se dado conta do que rolava na cabeça do austroboy.
Talvez nem rolasse nada, tamanho o nível de distração e o volume de compromissos e obrigações.
Na idade adulta, Wolfie arranjou amigos que cultivavam o conhecimento que o diferenciou pela vida afora.
Até que um dia, os amigos de Wolfie ficaram tão poderosos e unidos que tomaram o mundo para si.
Não, não construíram um mundo de pianos e Stephen Hawkins.
Construíram um quintal para si mesmos.
Um jardim da infância perdida.
Uma espécie de planeta Colibri.
Imagino como seria a música, fossem os professores de Wolfie já retardados e movidos pela idéia de que quanto menos conhecimento e poder passassem adiante, mais superiores seriam em relação a seus aprendizes.
Ainda bem que esse pessoal optou pela política.
Põe a almofada no rosto e diz que está escondido.
O pior é que na Colibri isso funciona.
Pega um aluno, dá um compasso, um esquadro, ensina quinze formas que ele deve repetir ad nauseum, estilizando-as, ocultando-as, renovando-as, e chame o meninim de Niemeyer.
Ninguém vai ver a forma por baixo. Só a pintura a dedo do crianção.
Dizem que esse povo vive muito.
Deve ser a cabeça vazia.
Ou a merenda que tiram dos coleguinhas.
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